O Brasil vive um momento singular, e os números confirmam que esse avanço é resultado do trabalho coletivo, com o empreendedorismo na geração de renda, inclusão social e desenvolvimento do país. Não por acaso, quase 60% dos microempreendedores individuais acreditam que 2026 será ainda melhor do que este ano.
Quando passamos a reunir uma sequência consistente de indicadores positivos, é preciso reconhecer que, por trás desses resultados, há muita gente trabalhando duro, com compromisso e com a convicção de que o Brasil precisa reconhecer a própria força, suas riquezas e sua enorme capacidade produtiva.
Quando há conquistas, elas não pertencem a uma pessoa ou a uma instituição isoladamente. São resultados construídos coletivamente, com o esforço de milhões de brasileiros e brasileiras.
Entre janeiro e novembro de 2025, o país registrou a abertura de 4,8 milhões de empresas. Desse total, 4,6 milhões são pequenos negócios, um crescimento de cerca de 19% em relação ao mesmo período anterior. É a pequena economia pulsando, gerando renda, dignidade e oportunidades em todos os cantos do Brasil.
Na geração de empregos, o protagonismo dos pequenos negócios é ainda mais evidente. De janeiro a outubro de 2025, o Brasil criou 1,8 milhão de novos postos de trabalho. Quase 70% — mais de 1,2 milhão — vieram das micro e pequenas empresas. Em algumas regiões, esse percentual chega a 80%. Além disso, segundo o Caged, 99% dos empregos gerados foram ocupados por pessoas do Cadastro Único. A maioria daqueles que saiu do Bolsa Família está inserida nesse universo, seja empreendendo, seja trabalhando em pequenos negócios.
A inclusão econômica também avança de forma decisiva pelo acesso ao crédito. O Acredita Sebrae, com o apoio do Fundo de Aval do Sebrae (Fampe), saiu de um pouco mais de R$ 1 bilhão por ano, e, neste ano de 2025, deve chegar a cerca de R$ 12 bilhões. Trata-se de um marco histórico. Estamos falando de um país em, até pouco tempo atrás, 88% deles não tinham qualquer acesso ao crédito. O Sebrae está ajudando a virar essa página.
Outro avanço fundamental é a Lei de Isenção do Imposto de Renda, que beneficia quase 80% dos pequenos negócios, amplia a renda disponível, fortalece o consumo e dinamiza a economia local.
Em 2025, alcançamos quase 64 milhões de atendimentos, superando os resultados de 2024. Na Plataforma Sebrae de Startups, reunimos 22 mil startups, formando a maior base da América Latina. No programa Brasil Mais Produtivo, os pequenos negócios atendidos registraram aumento médio de 27,7% na produtividade.
Na educação empreendedora, chegamos a mais de 8 milhões de estudantes em todo o país, preparando uma nova geração para inovar, empreender e transformar realidades. No acesso a mercados, nossas ações de internacionalização geraram 93 milhões de negócios. Além disso, empreendedores que utilizam as soluções do Sebrae para emissão de nota fiscal tiveram, em média, aumento de 10% no faturamento.
Nada disso, porém, nos autoriza a diminuir o ritmo. O desafio é hercúleo. Cerca de 60% dos brasileiros sonham em empreender. Por isso, o Sebrae precisa se renovar todos os dias, ampliar sua presença e seguir uma referência quando o assunto é empreendedorismo.
Nesses pouco mais de dois anos e meio como presidente do Sebrae, o que mais me orgulha foi ter percorrido os 27 estados brasileiros, ouvido os pequenos empresários, compreendido seus desafios e, sobretudo, testemunhado a realização de sonhos.
Não me canso de afirmar pelos quatro cantos do país: os pequenos negócios são os verdadeiros gigantes da nossa economia. Representam mais de 95% das empresas brasileiras e são os motores do desenvolvimento, da inclusão e da esperança de um Brasil melhor para todos.




